Conforme resultado obtidos de uma pesquisa realizada na Infosecurity Europe 2018 (evento anual de segurança que discute tendências na área), 72% dos profissionais de segurança acreditam na probabilidade da ocorrência de ataques cibernéticos na Copa do Mundo deste ano.Recebida na Rússia pela primeira vez na história do torneio, a Copa do Mundo de 2018 começa na tarde de quinta-feira com o jogo de abertura entre a anfitriã Rússia e a Arábia Saudita.

Essa estatística reforça a tendência de ataques cibernéticos que visam eventos internacionais de alto nível, como o ataque que derrubou o site da Olimpíada de Inverno em fevereiro deste ano (https://www.bbc.com/news/technology-43030673). Afinal os cibercriminosos estão cientes do imenso escrutínio da mídia em que a Copa do Mundo se manifesta e estarão esperando capitalizar isso, assim como as oportunidades financeiras que um evento deste porte apresenta.

Pouco mais de 70% dos profissionais de info-segurança que cogitam a ocorrência de um ataque esperam que o vetor de ataque se concentre na infraestrutura de rede – como um ataque DDoS – ou em canais de mídia social. Outros 44% acham que as comunicações por e-mail estarão entre os maiores em risco e 47% disseram que ameaças por smartphones poderiam ser um risco.

Embora, na verdade, os entrevistados da pesquisa não possam afirmar exatamente de onde virá a ameaça e nem de que forma será necessária, acham altamente provável que os cibercriminosos estejam planejando um ataque cibernético. Os vetores de ataque usados ​​irão variar dependendo do agente de ameaça e suas motivações individuais. Mas, em um evento como este, os cibercriminosos podem ver muitas formas diferentes de ataques desde spam falsos com tentativas de infiltração na infra-estrutura do órgão governamental ou mesmo cargas  destrutivas, como as testemunhadas nas recentes Olimpíadas de Inverno.

Embora essa notícia deveria ser uma preocupação para algumas empresas com fluxo digital e relações ao evento, elas claramente não estão muito preocupadas. Segundo pesquisa, 83% acreditam que a Copa do Mundo da FIFA não representa um risco para sua organização. Além disso, isso não impediu que alguns deles entrassem no espírito de festa, 30% disseram que esperariam até depois de uma partida crucial para corrigir um problema urgente de segurança corporativa e quase 40% disseram que usariam um dispositivo de trabalho para assistir a uma partida, mesmo que isso fosse contra a política corporativa. Ou seja, a cultura continua a ser “o calcanhar de Aquiles” da Segurança da informação e pelo jeito o recente episódio do ataque que derrubou o site da Olimpíada de Inverno não assustou as corporações.

A pesquisa com 326 profissionais de segurança da informação foi realizada na conferência Infosecurity Europe 2018, realizada de 6 a 8 de junho de 2017 em Londres.